A questão da utilização de aplicativos para entregas ou transporte, vem gerando polêmica em muitos setores. Desta vez, a controvérsia está entre os motofretistas que reclamam das condições de trabalho com as empresas que disponibilizam a plataforma digital, fazendo a ponte entre empresas e os consumidores. Está sendo difícil um entendimento, em razão da novidade do assunto, cujos aplicativos ainda não têm regras próprias. Para tirar as dezenas de dúvidas que gira em torno do assunto, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o presidente do Sintramotos (Sindicato dos Motociclistas e Motofretistas), vereador Cacá Pereira, marcaram para o próximo dia 05 de abril, no período da manhã, uma audiência pública para discutir o tema polêmico.
A decisão foi tomada depois que a diretoria do Sintramotos, o procurador do MPT-Pr, Alberto Emiliano de Oliveira Neto, e trabalhadores motofretistas, estiveram reunidos para debater a questão das reclamações dos motociclistas. Estiveram presentes, além da diretoria do Sintramotos (Cacá Pereira, presidente; e o diretor de Relações Sindicais, Cristiano Reichel), representantes das empresas de aplicativos Rápido e Loggi. “Não é interesse de processo investigativo em razão da novidade. Acho que tem que pensar em mitigação do trabalho precário. Por isso precisamos debater o assunto, até que fique bem clara a forma desta novidade atuar no mercado”, disse o procurador Alberto Emiliano.
O presidente do Sintramotos disse que procurou o MPT, em razão de muitos trabalhadores terem procurado o Sindicato para fazer inúmeras reclamações. “Recebemos queixas das mais variadas, como por exemplo, os app exigirem determinadas posturas dos motociclistas; carga horária de trabalho excessiva, e sem direito a hora extra; taxa de repasse aos motociclistas cadastrados nos app vem caindo a cada ano, ao invés de aumentar, entre outras questões”, completou o vereador Cacá Pereira.